(microscopia de campo escuro)
Artigo publicado no Jornal Em Aquarius Junho 2007
Descoberto pelo alemão Güinter Enderlein, há cerca de 100 anos, a técnica da Análise de Terreno Biológico foi trazida ao Brasil em 1945, por Estevão Almeida Prado.
O objetivo da técnica é localizar e analisar as hemotoxinas como bactérias, fungos, parasitas, fibrinas, além de ver, especialmente, até que nível elas podem ser nocivas para a saúde. Em síntese é uma forma fácil e inteligente de verificar ao vivo, o que existe circulando no sangue.
Segundo Vânia Maria Abatte, que entende da técnica a análise serve como meio preventivo de tudo o que ocorre no interior do sangue, proporcionando informações alimentares adequadas ao bom funcionamento do organismo.
“Conheci a técnica quando resolvi fazer a análise do meu próprio sangue em São Paulo. O que vi circulando em meu sangue não me satisfez e, diante disso, tomei uma providência. Fiz todo o tratamento e, depois, resolvi investir nesta área ainda desconhecida aqui em Porto Alegre”.
Quais doenças podem ser detectadas pela análise do terreno biológico?
Na análise não se detectam doenças, e sim hemotoxinas que cumprirão sua ciclogenia, levando a um possível distúrbio que gerará alguma doença. Por exemplo, numa análise que aparece muita fibrina, significa que a pessoa está com problemas circulatórios. Outro exemplo: se aparecer muitos fungos é porque ela está ingerindo muita levedura, açúcares e trigo em excesso, ou seja, uma alimentação errada, inadequada ao tipo sanguíneo dela. Sendo assim, a observação nos leva a sinalizar para a pessoa o que é necessário deixar de comer para evitar a proliferação substancial desses fungos.
Esta análise de sangue pode ser feita apenas para prevenção?
Sim, geralmente as pessoas buscam este método mais em nível preventivo. Se a pessoa estiver sadia, é aplicada a ela a tabela do tipo sangüíneo.
E quando ela estiver doente são feitas outras recomendações?
Sim, pois a reeducação alimentar do tipo sangüíneo não foi feita para pessoas doentes. Sendo assim, nos casos onde haja um problema específico, a reeducação alimentar vai ser ajustada àquela situação específica.
Como o pH do sangue é afetado pela alimentação errada, inadequada ?
Neste caso, o pH do sangue é afetado pela alimentação inadequada, isto é, alimentos extremamente ácidos e incompatíveis com o tipo sangüíneo.
Quando o sangue está com a sua característica básica alterada para mais ácida, a pessoa também é afetada, já que a comida errada, inadequada, gera uma produção maior de hemotoxinas no sangue. Quanto maior o índice (cruzes) de bactérias nocivas no sangue, maior a acidez e os problemas orgânicos aparecem.
É recomendado apenas controle alimentar?
Controle alimentar, bastante água, uma boa atividade física específica e mudança de hábitos (cigarro, álcool, drogas) é o fator primordial para um bom estado de saúde.
Poderias dar exemplos do uso da técnica?
Colhe-se uma gota periférica de sangue do dedo da pessoa e coloca-se numa lâmina embaixo de um microscópio especial acoplado a um monitor de TV. O cliente vê ao vivo o que está circulando em seu sangue. Este sangue é observado por um período de 24 horas no mínimo, e após 48 horas, o cliente recebe o relatório, a reeducação alimentar e proposta terapêutica.
Poderias citar casos de melhora com o uso da técnica?
Já atendi diversos casos, mas saliento os mais agudos como problemas circulatórios, respiratório (asma, bronquite, sinusite, rinite) enxaquecas, retocolite entre outros. Saliento que a reeducação alimentar associada à proposta terapêutica (zapper e câmara hiperbárica) é mais eficaz, tendo retorno em curto prazo. Nos casos em que existe uma disfunção orgânica, isto é, uma doença física instalada, a reeducação alimentar do tipo sangüíneo sozinha não surtirá o efeito desejado, sendo necessário acompanhamento médico. Já nos casos em que não existe doença física, a reeducação alimentar entrará como a alimentação adequada para manutenção preventiva.
NOTA: Uma reação química ocorre entre seu sangue e os alimentos que você come. Essa reação faz parte de sua herança genética. Temos em nosso sangue um fator chamado lectina. As lectinas, abundantes e variadas proteínas encontradas nos alimentos, tem propriedades de aglutinação que afetam seu sangue. As lectinas são um meio de que dispõem os organismos para se unirem a outros organismos. Os germes e mesmo nosso próprio sistema imunológico usam essa supercola (lectina) em seu benefício. Por exemplo, as células dos ductos biliares de nosso fígado têm lectinas em suas superfícies para ajudá-las a capturar bactérias e parasitas. O mesmo acontece, também com as lectinas dos alimentos. Quando você come um alimento que contém lectinas protéicas incompatíveis com o antígeno de seu tipo de sangue, as lectinas atingem um órgão ou sistema corporal (rins, fígado, cérebro, estômago, etc.) e começam a aglutinar células sanguíneas nessa área.