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Landell de Moura: missão cumprida

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Neste próximo sábado, 21 de janeiro, celebra-se o 151° ano de nascimento de  Roberto Landell de Moura , um dos mais importantes e injustiçados cientistas da História do Brasil, inventor do rádio e precursor das telecomunicações. Nesse mesmo dia encerra-se simbolicamente o ano do sesquicentenário de seu nascimento, efeméride que contribuiu de forma vigorosa para tirar a memória do padre-cientista do limbo, resgatando seus feitos para a sociedade brasileira, que dele quase nada conhecia.
Há dois anos, mais precisamente no dia 20/1/2010, J&Cia produziu pela primeira e única vez em sua história um editorial em que anunciava sua adesão ao Movimento Landell de Moura  e conclamava os jornalistas brasileiros e as centenas de veículos de comunicação do País a abrir espaço para o tema.
Não foi em vão. Embora ridicularizados inicialmente, inclusive por pessoas próximas, que não acreditavam na história e muito menos na causa, fomos em frente, sabedores da força do pleito e também cientes dos nossos limites.
Pouco a pouco as adesões foram chegando de todo o Brasil, ampliando de forma rele-vante a divulgação do Movimento, cujos objetivos eram e continuam sendo levar a saga de Landell de Moura para os bancos escolares, do mesmo modo que lá estão a vida e a obra de brasileiros como Santos Dumont, Oswaldo Cruz, Cândido Rondon e tantos outros heróis da pátria.
Veio o selo dos Correios em janeiro de 2011, na celebração dos 150 anos de nasci -mento do cientista, uma conquista importantíssima, que abriria caminhos para outras, como o Projeto de Lei do senador Sérgio Zambiasi  de incluir o nome de Landell no Livro dos Heróis da Pátria; o título póstumo de  Cidadão Paulistano , concedido por iniciativa do vereador  Eliseu Gabriel ; matérias especiais em revistas, jornais, internet e emissoras de rádio e televisão; eventos diversos Brasil afora; e um carinho mais do que especial dos gaúchos, por meio da Prefeitura de Porto Alegre, que criou o Ano Landell de Moura de Inovação Tecnológica, com atividades que se estenderam por todo o ano de 2011 e ainda continuam.
Em novembro, o  Movimento, com o apoio da senadora  Ana Amélia, foi recebido pelo ministro da Educação  Fernando Ha-ddad e pelo secretário de Educação Superior  Luiz Cláudio Costa , na Esplanada dos Ministérios, tendo na ocasião obtido reais garantias de que o pleito será analisado com seriedade e, caso supere os rigores acadêmicos, permita que o padre finalmente entre com sua obra e vida nas cartilhas escolares oficiais.
Pouco antes do ano terminar nova boa notícia: a de que, após mais de um ano e meio de tramitação, o Projeto de Lei do senador Zambiasi finalmente foi aprovado pela Câmara dos Deputados, garantindo com isso a tão sonhada inclusão do nome de Roberto Landell de Moura no Livro dos Heróis da Pátria , depositado no Panteão Tancredo Neves, ao lado de tantos brasilei-ros ilustres que lá já repousam, reconhecidos – como deve ser – pela sociedade brasileira. Falta apenas a sanção presidencial, mas ninguém em sã consciência acredita que a presidente Dilma Rousseff, mineira de nascimento mas gaúcha de coração, vá vetar o projeto.
Não podemos também deixar de reconhecer e agradecer os muitos brasileiros – jornalistas ou não – que se engajaram nessa causa, dando a ela a grandeza que merecia. A todos, em nome do  Movimento Landell de Moura, os mais sinceros agradeci-mentos. Cada gesto foi uma pedra no alicerce desse projeto.
Cremos, pois, após dois anos de divulgação e militância ininterruptas, ter contribuído para que não haja mais no Brasil um único jornalista em atividade que não saiba quem foi Landell de Moura e o que ele fez ao longo de sua existência no campo científico, inventando o rádio e realizando experiências pioneiras no campo das telecomunicações. Cremos que também demos
uma modesta contribuição para que o tema repercutisse nos mais diversos ambientes sociais, como a imprensa, a academia, a política e até mesmo o entretenimento. Faltou muito pouco, por exemplo, para que Landell de Moura virasse tema de escola de samba em São Paulo, mas até essa possibilidade não está descartada num futuro próximo.
Damos, agora, nossa missão por cumprida, e o fazemos transcrevendo aqui o parágrafo final de nosso editorial de dois anos atrás – que continua, aliás, mais atual do que nunca: “Uma nação que luta para elevar sua autoestima e que vive um momento especialmente virtuoso nos campos econômico, social e internacional não pode se negar a abraçar uma causa que há de trazer para a história e para os bancos escolares a grandeza e a genialidade de Roberto Landell de Moura”.
Landell continuará a frequentar as páginas deste J&Cia, mas agora como um “ilustre conhecido”.

Fonte:
www.jornalistaecia.com.br
São Paulo, 18 de janeiro de 2012

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